Extraí o seguinte texto do catálogo impresso da GALME, que foi a empresa que tratou da galvanização do material do Séries. Como me pareceu realmente uma explicação simples mas bastante esclarecedora de todo este processo, achei que seria útil transcrevê-la para o blog uma vez que tem bastante a ver com o contexto do mesmo.
Aqui vai:
“O que é a galvanização a quente?
Desde que em 1742 o químico francês Melovin obteve sucesso no revestimento do ferro, por imersão num banho de zinco em fusão, o recurso à galvanização a quente não tem parado de crescer. Na realidade, em 1850 a indústria Britânica utilizou 10.000 toneladas de zinco na protecção anticorrosiva do aço, enquanto que, em 1981, a nível mundial, utilizaram-se 2.000.000 de toneladas de zinco para o mesmo efeito. Este enorme crescimento da galvanização a quente, deve-se à simplicidade e baixo custo do processo e às características excepcionais antícorrosivas dos revestimentos de zinco.
Fundamentalmente, existem duas formas para proteger o aço da corrosão:
- Por revestimento
- Por acção catódica
A protecção por revestimento, apenas coloca uma barreira entre o aço e o meio ambiente. Um exemplo típico, é a utilização de uma camada de tinta, que uma vez perfurada, expõem imediatamente o aço á corrosão.
A protecção catódica utiliza anodos sacrificiais constituidos por metais menos nobres que o aço, que acabam por corroer-se, protegendo assim o aço. Como anodo, é o zinco que sofre a corrosão deixando o aço intacto. É esta acção que é conhecida como protecção galvânica.
Um dos grandes benefícios da galvanização a quente é que oferece no mesmo tratamento de superfície protecção de revestimento e catódica. Devido à naturezado processo de galvanização a quente, uma superfície galvanizada apresenta muitos outros benefícios inexistentes em outros tratamentos de superfície.
São alguns exemplos:
- A aderência do zinco ao aço é extremamente forte;
- A camada vai a todas as partes da peça uma vez que esta é imersa no banho de zinco liquído;
- A integridade do tratamento, uma vez que o zinco apenas se liga a superfícies limpas;
- Resistência abrasiva e dureza;
- A durabilidade da protecção;
- uniformidade da camada de zinco ao longo de toda a peça;
- o Reduzido custo.
A reacção de galvanização ocorre quando o aço (préviamente limpo, sem resíduos de ferrugem. òleos, tintas e outras sujidades) entra em contacto com o zinco em fusão (450º) verificando-se uma reacção entre ambos os metais, originando a formação da liga ferro-zinco.
O revestimento è constituído por diferentes camadas ferro-zinco, com diminuição progressiva em ferro, no sentido da superfície. Quando o material é retirado do banho de zinco, fica depositada uma camada de zinco puro na superfície exterior do revestimento.
A espessura do revestimento e a aparência da sua superfície são determinados pelo modo como a reacção tem lugar e como a camada exterior de zinco solidifica.
A sequência da reacção varia relativa e absolutamente com um grande número de parâmetros diferentes. Destes, a composição aço é de grande importância, mas as condições da superfície das peças o processo utilizado na sua fabricação, a composição e a temperatura do banho de zinco e o tempo de imersão, também influenciam a sequência da reacção em graus diferentes.
O processo
A reacção de galvanização ocorre apenas em superfícies limpas, originando uma reacão metalúrgica entre o aço e o zinco, sendo por isso fundamental, que as peças a galvanizar estejam desoxidadas e livres de resíduos de tinta, óleos e outras sujidades. A preparação das superfícies do material, compreende uma fase de desengorduramento alcalino, lavagem, decapagem ácida, lavagem, fluxagem e secagem. Saliente-se que, tinta, òleo, massa consistentes e óxidos de soldadura, não são removidos nesta fase de preparação das superfícies, pelo que devem de ser eliminados antes do material ser enviado para a GALME”.
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